Manaus - A Prefeitura de Manaus aprovou a formação da comissão de
auditoria do sistema de abastecimento de água e saneamento básico. A comissão
ficará instalada numa espécie de escritório nas dependências da concessionária
Manaus Ambiental, durante 60 dias. O intuito é avaliar as reais condições
técnicas, financeiras e contábeis da empresa, para, então, propor ao prefeito
Arthur Neto (PSDB) uma intervenção do Executivo no serviço ou a quebra do
contrato.
O grupo será formado por oito membros, sendo dois diretores da
Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas
(Arsam), dois representantes e um técnico da área da prefeitura, dois
especialistas autônomos e o presidente da Unidade Gestora da Água, Sérgio
Elias.
A criação da comissão é uma das medidas tomadas pelo Executivo
Municipal, após os consecutivos rompimentos de adutoras na cidade, desde o
início do ano.
Os representantes das concessionárias dos serviços de abastecimento
de água e saneamento, e de energia, Manaus Ambiental e Amazonas Energia,
respectivamente, estiveram nesta quinta-feira, na Câmara Municipal de Manaus
(CMM) em uma audiência pública para esclarecer se as falhas no sistema de
energia contribuíram para o rompimento das adutoras. O argumento da
interferência direta dos picos de energia nos sinistros de abastecimento de
água foi utilizado como justificativa de alguns dos acidentes, pelo
diretor-presidente da Manaus Ambiental, Alexandre Bianchini.
Na audiência, Bianchini informou que, na manhã desta quinta-feira, a
empresa começou a aplicar uma nova tecnologia, que consiste em fazer uma
abertura na adutora para colocar um robô que filmará toda a parede dos tubos.
Segundo ele, o procedimento será feito nos 150 quilômetros de adutoras da
capital. “O objetivo é identificar de forma minuciosa as adutoras em situação
de risco, seguindo a determinação do prefeito Arthur Neto”, afirmou.
O representante da Amazonas Energia, o diretor de Geração, Tarcísio
Rosa, frisou que ambas as empresas formaram um grupo de trabalho com
especialistas das áreas, no início de março, para tratarem dos sistemas de
proteções das duas empresas. “Quando há oscilações na energia há na bomba, as
proteções elétricas têm que desligar e as proteções hidráulicas têm que
desligar com segurança. Então, temos que verificar como coordenar os sistemas
para quando as oscilações ocorrerem não causarem o transtorno que causaram”,
disse.
A maioria dos vereadores que participaram da audiência, cerca de 17
parlamentares, disse ter ficado insatisfeita com os esclarecimentos prestados
pelas empresas. De acordo com eles, a explicações foram evasivas e pouco
práticas. “No final, minha conclusão é de que foram informações repetitivas. Eu
avalio que deva ser feita a quebra de contrato, porque o problema perdura não é
de hoje, já que a empresa só mudou o nome”, afirmou o verador Bibiano (PT).
As informações colhidas na audiência serão encaminhadas ao prefeito
pela presidência da Comissão de Serviços Públicos.
d24am.com
04 de Abril de 2013.
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