sexta-feira, 10 de maio de 2013

Prefeitura define comissão que fará auditoria em concessionária de água.

 
Manaus - A Prefeitura de Manaus aprovou a formação da comissão de auditoria do sistema de abastecimento de água e saneamento básico. A comissão ficará instalada numa espécie de escritório nas dependências da concessionária Manaus Ambiental, durante 60 dias. O intuito é avaliar as reais condições técnicas, financeiras e contábeis da empresa, para, então, propor ao prefeito Arthur Neto (PSDB) uma intervenção do Executivo no serviço ou a quebra do contrato.
 
O grupo será formado por oito membros, sendo dois diretores da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas (Arsam), dois representantes e um técnico da área da prefeitura, dois especialistas autônomos e o presidente da Unidade Gestora da Água, Sérgio Elias.
A criação da comissão é uma das medidas tomadas pelo Executivo Municipal, após os consecutivos rompimentos de adutoras na cidade, desde o início do ano.
 
Os representantes das concessionárias dos serviços de abastecimento de água e saneamento, e de energia, Manaus Ambiental e Amazonas Energia, respectivamente, estiveram nesta quinta-feira, na Câmara Municipal de Manaus (CMM) em uma audiência pública para esclarecer se as falhas no sistema de energia contribuíram para o rompimento das adutoras. O argumento da interferência direta dos picos de energia nos sinistros de abastecimento de água foi utilizado como justificativa de alguns dos acidentes, pelo diretor-presidente da Manaus Ambiental, Alexandre Bianchini.
 
Na audiência, Bianchini informou que, na manhã desta quinta-feira, a empresa começou a aplicar uma nova tecnologia, que consiste em fazer uma abertura na adutora para colocar um robô que filmará toda a parede dos tubos. Segundo ele, o procedimento será feito nos 150 quilômetros de adutoras da capital. “O objetivo é identificar de forma minuciosa as adutoras em situação de risco, seguindo a determinação do prefeito Arthur Neto”, afirmou.
 
O representante da Amazonas Energia, o diretor de Geração, Tarcísio Rosa, frisou que ambas as empresas formaram um grupo de trabalho com especialistas das áreas, no início de março, para tratarem dos sistemas de proteções das duas empresas. “Quando há oscilações na energia há na bomba, as proteções elétricas têm que desligar e as proteções hidráulicas têm que desligar com segurança. Então, temos que verificar como coordenar os sistemas para quando as oscilações ocorrerem não causarem o transtorno que causaram”, disse.
 
A maioria dos vereadores que participaram da audiência, cerca de 17 parlamentares, disse ter ficado insatisfeita com os esclarecimentos prestados pelas empresas. De acordo com eles, a explicações foram evasivas e pouco práticas. “No final, minha conclusão é de que foram informações repetitivas. Eu avalio que deva ser feita a quebra de contrato, porque o problema perdura não é de hoje, já que a empresa só mudou o nome”, afirmou o verador Bibiano (PT).
 
As informações colhidas na audiência serão encaminhadas ao prefeito pela presidência da Comissão de Serviços Públicos.
 
d24am.com
 04 de Abril de 2013.


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