Sem rede de esgoto, moradores do
conjunto Ipase, localizado no bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus, resolveram
construir uma tubulação por conta própria. Com a falta de tubulações de esgoto
e rede de drenagem, água e dejetos se misturam e correm ao ar livre pelas ruas
e quintais das casas dos moradores. A situação complica-se ainda mais porque a
água que escorre de casa em casa não tem uma destinação e fica empossada
embaixo das residências ocasionando diversas infiltrações, o que, de acordo com
os moradores, tem facilitado o surgimento de roedores e tem causado danos nos
pisos e paredes das casas.
Os moradores que sofrem com o problema
há mais de dez anos se disseram cansados de ir atrás dos órgãos responsáveis e
decidiram agir. Na rua B, por exemplo, a população reuniu-se para construir a
própria tubulação.
Paulo, morador da rua O, relata o
problema. “Este conjunto foi construído por uma empresa que não existe mais e a
responsabilidade por ele é da Prefeitura, que não faz nada. Nós pagamos IPTU e
não temos direito a uma rede de esgoto, somos obrigados a passar por essa
situação desagradável”, desabafou o morador que teve que retirar a mãe, de 93
anos, e o pai, de 97, da casa onde moravam, por conta da infiltração.
De acordo com o morador, no mês de
junho, uma equipe da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) foi até à
casa dele e realizou uma escavação para desobstruir a tubulação da drenagem. Ao
final da obra, a equipe da Seminf foi embora e não falou quando voltaria para
fechar o buraco. “Além de não resolverem nada, deixaram um buraco cheio de água
com dejetos para fechar. Já gastei mais de R$ 8 mil para tentar amenizar essa
situação”.
A Divisão Distrital da Seminf,
localizada no bairro Compensa, responsável pelo conjunto Ipase, informou que
será implantado um novo sistema de drenagem profunda no local. O levantamento
já foi realizado pela equipe de engenharia da Seminf e o material para a
execução do serviço está sendo providenciado. A previsão é de que a drenagem
seja implantada no conjunto no início de agosto, o que deverá ser a solução
definitiva para o problema.
O presidente da Agência Reguladora dos
Serviços Concedidos do Amazonas (Arsam), Fábio Alho, disse que iria mandar uma
equipe de engenheiros até o local para verificarem a situação, a fim de definir
quem será responsabilizado.
Acritica.com.br
12/07/2013
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